domingo, 11 de setembro de 2011

Um belo dia para homenagear as vítimas... de Hiroshima

"Little Boy"

Você está chorando pelos mortos em 11 de setembro de 2001? Se sim, por favor caia fora desta página, já. E se você é descendente de japoneses e ainda assim se comove com as vítimas do World Trade Center, tanto pior: você é louco.

O maior ataque terrorista da História ocorreu não em 11 de setembro de 2001, mas em 6 de agosto de 1945, em Hiroshima, completado três dias depois em Nagasaki. Se compararmos, o desabamento das torres gêmeas foi brincadeira de criança, uma vez que matou menos de 3 mil pessoas contra 220 mil no Japão, em estimativas conservadoras. Ainda bem que não conheço pessoalmente ninguém que morreu nas torres gêmeas, senão teria de maneirar as palavras. Mas posso dizer, como testemunho pessoal, que estive lá com minha filha alguns anos antes, como turista, e achei-as ridículas do ponto de vista arquitetônico. Feias, sem graça e datadas. Esteticamente, ainda bem que viraram pó.


Imagens de Hiroshima antes e depois do ataque terrorista de 1945

Quem ordenou o ataque em 1945 foi um megaterrorista chamado Harry Truman. A organização que ele comandava se chamava United States of America. Trata-se de uma organização de base fanático-religiosa, uma vez que a maioria de seus 300 milhões de integrantes acredita que a vida foi criada no planeta há 6 mil anos e que os testes de carbono-14 são uma farsa. Em sua Jihad permanente e infindável, a organização gastou cerca de 4 trilhões de dólares só nos últimos dez anos matando gente em nome das entidades paranormais em que acreditam, contra outras em que não acreditam.

O megaterrorista Truman, que era o número 2, assumiu o controle da organização terrorista após a morte do número 1, Franklin D. Roosevelt, o qual organizou meticulosamente o famigerado "Projeto Manhattan", operação científico-militar com o único fim de construir a primeira bomba atômica baseada em fissão nuclear e mostrar ao mundo quem manda em quem.

O Projeto Manhattan reuniu em Los Alamos, no estado do Novo México, alguns dos maiores físicos do mundo  sob o comando de militares da organização terrorista em questão. Os físicos foram confinados naquele laboratório em 1942, seduzidos pelo argumento de que os alemães construiriam a bomba atômica e portanto era preciso inventá-la antes. Como o megaterrorista Adolf Hitler seria do "mal" e o megaterrorista Roosevelt seria do "bem", trataram de dar curso ao projeto.

Mentira. Os cientistas queriam mesmo era saber se as sensacionais novas teorias da física funcionavam na prática. Eram movidos pela curiosidade bruta, e dane-se o mico-leão-dourado. A prova disso é que, mesmo sabendo a) que a Alemanha não tinha nenhuma bomba em projeto e b) que em agosto de 1945 o governo nazista já estava derrotado, literalmente; continuaram alegremente a testar a manipulação de núcleos atômicos, sem nenhum revólver apontado para suas cabeças.

Vamos à cronologia básica de 1945:

3o de abril: Berlim é tomada pelo Exército Vermelho e Hitler se mata.
7 de maio: o almirante Dönitz assina a capitulação alemã.
16 de julho: primeira explosão atômica, no Projeto Manhattan, em Los Alamos.
6 de agosto: lançamento da bomba "Little Boy" em Hiroshima

Que beleza: a turma de Los Alamos explodiu o primeiro bagulho SETENTA DIAS depois da rendição alemã!

Se não havia mais Alemanha nazista, por que não pararam a brincadeira? Afinal, era tudo muito, muito arriscado: os cientistas, liderados por Robert Oppenheimer, faziam contas e mais contas para saber se com o experimento a atmosfera do planeta inteiro incendiaria (sim, essa era uma das hipóteses calculadas por um dos físicos que estavam lá, o italiano Enrico Fermi, já de posse de um Nobel). Na dúvida, apertaram o botão e explodiram o bagulho. Para os cientistas, foi por pura e irresistivelmente irresponsável curiosidade. Para os terroristas, por pura necessidade de mostrar os dentes ao mundo, mais precisamente aos soviéticos, que haviam derrotado os alemães (é isso mesmo, não acredite em Hollywood; o tal Dia D foi irrelevante).

A única diferença entre o número 1 da Al-Qaeda e número 1 dos Estados Unidos é que o segundo não precisou sequestrar o avião apelidado "Enola Gay" para cometer o maior, mais cruel e mais eficiente crime contra a humanidade da História. Só não foi mais espetacular do que os das torres gêmeas porque não havia satélites para transmitir tudo maravilhosamente ao vivo.

O megaterrorista Truman, estranhamente, não foi julgado pelos tribunais de Nuremberg. Também não foi perseguido por uma década, nem assassinado, nem teve seu corpo jogado ao mar.

Se alguém pensar nas bobagens do tipo "guerra justa", por favor leia esse artigo aqui.